Não é um adeus

A sensação é de estar dormindo, acordar e o pesadelo não acabar.
A sensação é dele ter ido bem ali e que vai chegar em casa a qualquer momento.
A sensação é de ter um buraco no peito.
É difícil acreditar.
A saudade é grande.
A dor é imensurável.
Sinto-me grata por ter passado os últimos dias de sua vida fazendo companhia para ele no hospital. Sinto-me feliz por ter tido ele como meu pai nessa jornada, que me proporcionou viver momentos tão importantes da minha vida ao lado dele, que me proporcionou ter ensinamentos valiosos de vida e caráter, não apenas com palavras, mas principalmente com o exemplo. Ele é meu orgulho e me sentia bem quando conseguia fazer algo que o deixava orgulhoso. Olho para trás com gratidão e olho para frente com a esperança de um dia nos abraçarmos de novo.
Todas as vezes quando acordo e vejo que realmente ele não vai voltar para casa, o buraco no peito se torna mais fundo. Não lembro de ter sentido uma dor maior do que essa. Porém, sei que ele não quer que ninguém se sinta assim o tempo todo. Ele não suportava preocupar alguém. Tenho procurado ser forte, de um modo que o deixaria orgulhoso também.
Sei que ele está bem. Sei que não é um adeus. Sei que essa é uma lei natural da vida, onde todos vamos passar. Sei que a graça de Cristo nos é suficiente para suportar todas as dores.
Meu amigo, meu professor, meu conselheiro, meu companheiro, meu herói, meu pai, saber que você, de certo modo, ainda vive, traz alento e forças para continuar até voltarmos a nos reencontrar. Sei que mesmo longe, você está perto. Obrigada por tudo! Todos que te conhecem sabem que você é um grande homem. Sua missão aqui foi cumprida, e muito bem cumprida. Você deixou um pouco de você em cada um de nós. Nunca te esqueceremos. Em nossos corações há apenas os bons momentos; todos os bons momentos. Amo o senhor. Eternamente.

21/06/2018

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